• • atualizado às 08h25
Após declarações de chavista, opositor Capriles afirma que não é gay
O líder opositor venezuelano Henrique Capriles, que não está casado, afirmou na noite de domingo que não é homossexual, que um dia deseja ter filhos e se declarou um defensor dos direitos da diversidade sexual.
"Não me sinto ofendido em nada e se fosse (gay) eu diria, qual é o problema?", destacou Capriles em uma entrevista ao canal CNN, ao ser questionado sobre boatos na oposição venezuelana e no chavismo de que seria homossexual.
Capriles, governador do Estado de Miranda (norte), considerou "penosas" as declarações do deputado chavista Pedro Carreño - exibidas durante a entrevista -, que o chamou aos gritos de "homossexual" no Parlamento em agosto, durante uma sessão na qual os governistas exibiram fotografias de um colaborador do opositor vestido de mulher.
"O que digo a respeito destes ataques é: eu não sou homofóbico e eu sou um defensor dos direitos dos venezuelanos, dos direitos de que possam ser homossexuais, lésbicas, da diversidade sexual", afirmou Capriles, 41 anos. O líder opositor, que é chamado pelo presidente Nicolás Maduro de fascista, afirmou que sua visão ideológica é de "esquerda" e por isto acredita em uma "sociedade sem exclusão".
Capriles, que perdeu as eleições presidenciais de 14 de abril para Maduro por uma margem de 1,49%, afirmou que deseja ter uma família e filhos, mas disse que a vida pessoal ficou de lado em consequência da carreira política. "Em que tempo eu posso casar agora e ter uma família normal? Que mulher aguenta que eu trabalhe de segunda-feira a segunda-feira. Eu sinto que minha vida está tão voltada para o serviço público que minha vida pessoal ficou de lado", concluiu.
