Brasileiros (e pobres)
estudam mais !
Os mais ricos não são mais maioria na universidade. Por isso, eles estão assim, aflitos…
O Conversa Afiada reproduz notícia do IBGE:
A escolaridade média da população de 25
anos ou mais aumentou entre 2004 e 2013, passando de 6,4 para 7,7 anos
de estudo. Esse incremento foi mais intenso entre os 20% com os menores
rendimentos, que elevaram de 3,7 para 5,4 os seus anos de estudo. Entre
2004 e 2013, a proporção de pessoas da faixa etária 25 a 34 anos com
ensino superior praticamente dobrou, passando de 8,1% para 15,2%. Porém,
o percentual é o menor, se comparado aos países da Organização de
Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).No mesmo período, os
estudantes que fazem parte dos 20% com os maiores rendimentos (5°quinto)
deixaram de ser maioria tanto nas universidades públicas (38,8%) quanto
nas particulares (43,0%), aumentando o acesso a esse nível de ensino
dos demais estratos de renda, inclusive dos mais pobres. Em 2004, apenas
1,7% dos estudantes do ensino superior pertencentes aos 20% com os
menores rendimentos (1° quinto) frequentavam universidades públicas. Em
2013, essa proporção chegou a 7,2%. Por outro lado, os estudantes do
ensino fundamental regular de 13 a 16 anos de idade que faziam parte do
quinto mais pobre possuíam taxa de distorção idade-série 3,3 vezes maior
do que a taxa dos 20% mais ricos (5°quinto), fazendo com que o atraso
escolar afetasse mais da metade desses estudantes (54,0%) em 2013. Em
2004, a distância entre essas taxas para o 1° quinto e o 5° quinto era
ainda maior (4,3 vezes).
É o que revela o estudo Síntese de
Indicadores Sociais (SIS) 2014, que mostra, ainda, que, apesar de
avanços, a desigualdade de gênero no mercado de trabalho ainda persiste,
principalmente quando a jornada de trabalho é conjugada aos afazeres
domésticos. Entre as mulheres ocupadas de 16 anos ou mais, 88%
realizavam afazeres domésticos, enquanto, entre os homens, este
percentual era 46%. As mulheres tinham uma jornada média em afazeres
domésticos mais que o dobro da observada para os homens (20,6
horas/semana). Considerando a jornada no mercado de trabalho e aquela
com a realização de afazeres domésticos, a jornada feminina semanal era
de 56,4 horas, superior em quase 5 horas à masculina.
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