sexta-feira, 8 de novembro de 2013

Evidências não provam que Arafat foi envenenado, diz relatório russo

Evidências não provam que Arafat foi envenenado, diz relatório russo

Relatório suíço, divulgadas na quarta-feira, afirma que os testes "embasam moderadamente a proposição de que a morte foi consequência de envenenamento por polônio-210"

Yasser Arafat Foto: Loay Abu Haykel / Reuters
Yasser Arafat
Foto: Loay Abu Haykel / Reuters
 
Um relatório russo citado por investigadores palestinos nesta sexta-feira não encontrou evidências suficientes para embasar a teoria de que Yasser Arafat morreu em 2004 em decorrência do envenenamento por polônio.
Amostras foram colhidas do corpo de Arafat em novembro do ano passado por especialistas suíços, franceses e russos, após um documentário da TV Al Jazeera revelar a existência de níveis anormais de um isótopo fatal de polônio nas roupas do líder palestino morto.
"As conclusões do relatório sobre os níveis de polônio-210 e o desenvolvimento da doença dele não fornecem evidências suficientes para embasar a decisão de que o polônio-210 causou uma síndrome radioativa aguda que levou à morte", disse o médico Abdullah Bashir, referindo-se às conclusões do relatório russo.
Mas Bashir disse que os relatórios suíço e russo encontraram "grandes volumes" do isótopo radioativo no restos mortais de Arafat.
Os achados russos foram bem mais cautelosos do que as conclusões suíças divulgadas na quarta-feira, afirmando que seus testes "embasam moderadamente a proposição de que a morte foi consequência de envenenamento por polônio-210".
Arafat, um líder guerrilheiro que se tornou o primeiro presidente palestino, contraiu uma súbita e misteriosa doença enquanto estava sob cerco de tanques israelenses em seu complexo em Ramallah.
Os palestinos há muito responsabilizam Israel pela morte dele - uma acusação negada pelos israelenses -, mas uma comissão local de investigação realizou poucos progressos tangíveis para explicar o caso.
Israelenses e palestinos retomaram negociações de paz em julho para tentar resolver o longo conflito entre as partes e viver lado a lado como dois Estados soberanos.
Reuters