sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Partido de Mugabe diz ter conquistado 75% dos votos no Zimbábue

Se forem confirmados, estes números significarão uma grande vitória para Mugabe, de 89 anos e há 33 no poder

Publicação: 02/08/2013 06:19 Atualização:

Mulher com criança vota: previsões são que o presidente terá entre 70% e 75% dos votos (Alexander Joe/AFP Photo)
Mulher com criança vota: previsões são que o presidente terá entre 70% e 75% dos votos
Harare - O presidente do Zimbábue, Robert Mugabe, obteve cerca de 75% os votos nas presidenciais de quarta-feira e seu partido, o Zanu-PF, pode alcançar uma maioria de dois terços na assembleia, indicou nesta sexta-feira (2/8) um porta-voz do movimento. "Nossas previsões são que o presidente terá entre 70% e 75% dos votos. É o que acredito segundo o que vejo no local", disse à AFP o porta-voz do partido presidencial, Rugare Gumbo.

"Acredito que teremos uma maioria de dois terços aproximadamente" na assembleia, onde o Movimento pela Mudança Democrática (MDC) do primeiro-ministro Morgan Tsvangirai, o principal rival de Mugabe, tinha até agora a maioria, acrescentou.

O Zanu-PF ganhou 52 dos 62 assentos nas circunscrições nas quais os resultados já foram divulgados. Os assentos em jogo chegam a 210. "Vamos ter como mínimo entre 130 e 140 assentos", previu Gumbo.

Se forem confirmados, estes números significarão uma grande vitória para Mugabe, de 89 anos e há 33 no poder, e uma derrota para seu principal rival Morgan Tsvangirai, que chegou ao cargo de primeiro-ministro sob sua presidência para evitar uma guerra civil.

Tsvangirai classificou na quarta-feira as eleições de "grande farsa" e vários observadores denunciaram irregularidades no processo. No entanto, o chefe da missão de observadores da União Africana, Olusegun Obasanjo, declarou nesta sexta-feira que as eleições no país foram "livres, honestas e confiáveis".

Este julgamento é válido "a menos que existam outras coisas que possam ser demonstradas, deixando de lado alguns incidentes" que não foram suficientemente graves para modificar os resultados, acrescentou Obasanjo.