sexta-feira, 1 de novembro de 2013

Chefe da AIEA diz que Irã coopera no tema nuclear

Chefe da AIEA diz que Irã coopera no tema nuclear

AFP - Agence France-Presse
Publicação: 01/11/2013 20:22 Atualização:

O chefe do organismo de controle nuclear das Nações Unidas disse nesta sexta-feira que o novo governo do Irã tem manifestado sua vontade de abordar os problemas derivados de seu polêmico programa atômico, independentemente dos progressos nas conversações paralelas com as potências mundiais.
Yukiya Amano, diretor-geral da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), afirmou no Centro Internacional de Estudos Acadêmicos Woodrow Wilson, em Washington, que a mudança de liderança em Teerã representou uma câmbio significativo: "Acredito que há algo substancial na nova proposta do Irã".
A AIEA informou esta semana que manteve conversações "produtivas" com o governo do presidente Hassan Rouhani, paralelamente às negociações que o Irã realiza com os Estados Unidos e outros cinco países sobre o programa nuclear.
Segundo Amano, rompendo com posições anteriores, a equipe e Rouhani não vinculou sua cooperação com a agência às negociações políticas com as quais Teerã procura aliviar as severas sanções impostas por iniciativa dos Estados Unidos.
"Posse lhes dizer que com a chegada do presidente Rouhani tivemos uma série de contatos com eles (...) mas não escutamos tais vínculos (com as negociações paralelas)", declarou Amano.
Rouhani, que chegou ao poder em junho com a promessa de recuperar a economia do Irã e reverter o isolamento político, defende um rápido acordo para acabar com as preocupações ocidentais sobre o enriquecimento de urânio e a eventual tentativa de Teerã de construir uma bomba nuclear.
A AIEA se reúne novamente em Teerã no dia 11 de novembro, e as seis grandes potências recebem os representantes iranianos em Genebra nos dias 7 e 8 de novembro.
Para a AIEA, um ponto de conflito é a investigação sobre as denúncias de que cientistas iranianos realizaram experiências para desenvolver um arsenal nuclear.
O Irã nega tais acusações e as atribui a um trabalho de Inteligência equivocado por parte da CIA e do serviço secreto de Israel, o Mossad.